Pescadores, ribeirinhos, trabalhadores
rurais, sindicalistas, estudantes, movimentos sociais, indígenas dos
povos Kaiapó, Assurini, Krahô, Guajajara, Apinajés, Xicrin, Juruna,
Arara, Amanauê, Guarani, Arawetê, Gavião, Mundurucu, Xipaia, Tupinambá,
Tembé, Karajá, entre outros, já afirmaram com todas as letras que não
aceitarão a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Lembrando outros outubros, ocuparam um
dos canteiros pioneiros desta usina, parando suas obras. Quando saíram,
energicamente bradaram “Este é um recado que mandamos pra vocês, se for
preciso ocuparemos outra vez”. Recado límpido como as águas do Xingu.
Em novembro foram os trabalhadores da
construção civil que pararam as atividades no mesmo canteiro. Mesmo
estando bem no início da obra já se constatam desvio de função, quebra
de acordos, assédio moral, baixos salários e até mesmo fornecimento de
água contaminada e comida estragada. Resultado: os operários entraram em
greve e fecharam a Transamazônica para chamar atenção à sua situação.
Como Belo Monte é pautada por
arbitrariedades e ilegalidades a situação destes trabalhadores e
trabalhadoras infelizmente tende a piorar. Lembram dos absurdos casos de
trabalho escravo nas obras das Hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio?
Indignados com tudo isso, multiplicam-se
os apoios aos povos do Xingu. Artistas, intelectuais, ambientalistas,
lideranças sindicais, estudantis e dos movimentos sociais e populares
gritam em defesa do rio, da floresta, da vida. O grito tem sido tão alto
que quase não da para ouvir as vozes de alguns poucos apoiadores de
“Belo Monstro”, contratados ou manipulados pela “Morte Energia” e pelo
governo federal.
No dia 17 de dezembro/2011 vamos
novamente gritar bem forte em defesa do Xingu, contra Belo Monte.
Ocupemos as ruas, praças, parques de nossas cidades. Deixemos claro aos
vampiros do capital, parasitas que se nutrem da energia dos rios e dos
sonhos de seres humanos e não humanos, que Belo Monte não é um fato
consumado. Os espíritos do Xingu nos guiam. A defesa da vida nos move.
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