Programa de Governo - Coligação São José Melhor pra Todos!

Programa de Governo



Por meio das ações, o governo executa os programas e avança nos objetivos para cada uma das áreas. Saiba o que vamos realizar para você que acredita em uma São José Melhor pra Todos e VOTA 12 para prefeito!

1. SÃO JOSÉ DA PRIMEIRA INFÂNCIA PRIMEIRO

2. SÃO JOSÉ DA EDUCAÇÃO E FUTURO

3. SÃO JOSÉ DA SEGURANÇA PARA TODOS

4. SÃO JOSÉ DO DESENVOLVIMENTO + EMPREGO E RENDA

5. SÃO JOSÉ DA SAÚDE, PREVENÇÃO E BEM-ESTAR

6. SÃO JOSÉ DOS DIREITOS HUMANOS E DIVERSIDADE

7. SÃO JOSÉ DA ARTE, CULTURA, IDENTIDADE

8. SÃO JOSÉ DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

9. SÃO JOSÉ DA PROTEÇÃO ANIMAL

10. SÃO JOSÉ DA ECOLOGIA

11. SÃO JOSÉ DA MOBILIDADE e urbanismo

12. SÃO JOSÉ DA mobilidade e URBANISMO

13. SÃO JOSÉ DO ESPORTE E LAZER

14. SÃO JOSÉ SOB NOVA ADMINISTRAÇÃO

Conheça Edson Fortuna - Candidato a vice-prefeito de São José SC pela coligação São José Melhor pra Todos!

Olá, eu sou Edson Fortuna!



Olá, muito prazer, sou Edson Fortuna, candidato a vice-prefeito de São José/SC, pela coligação São José Melhor pra Todos – Partido Democrático Trabalhista e Partido Socialismo e Liberdade.

Sou formado em Serviço Social pela UFSC formação esta que me preparou e qualificou tecnicamente para ser capaz de analisar e entender as questões sociais, podendo assim, melhor intervir nas dificuldades de indivíduos e comunidades, por meio de propostas e ações que promovam o exercício pleno da cidadania. 

Sou Pós-Graduado em Gestão Pública pelo IFSC. Busquei ter ainda mais conhecimento nas diferentes área que envolvem a administração pública e a tomada de decisões em um cargo público, afinal, minhas decisões irão afetar as pessoas de forma geral. 

Enquanto policial militar sempre atuei na defesa dos direitos de toda classe. Fui presidente da APRASC – Associação dos Praças do Estado de Santa Catarina e, neste cargo, trabalhei incansavelmente para que os profissionais da segurança (policiais e bombeiros) fossem reconhecidos, valorizados e muito bem representados em cada região do Estado.

Sou natural de Anita Garibaldi SC, mas a muitos anos, morador do Bairro Serraria, comunidade Jardim Zanelato onde já fiz parte da liderança na associação de moradores, sempre lutando para que nossa comunidade tivesse um melhor olhar dos governantes.

Eu quero ser o seu representante. Quero trazer a periferia, as causas sociais e comunitárias para o centro de debate, além da defesa de um serviço público de qualidade, realizado por quem entende do assunto e possui qualificação para fazer uma “SÃO JOSÉ MELHOR PRA TODOS”!

Conheça nosso plano de governo!



Cordiais cumprimentos, companheiras e companheiros do PSOL.

 A Direção do PSOL/SJ convoca todos os filiados e filiadas do Partido para ASSEMBLEIA.
Será realizada dia 04.02.2018, domingo, as 19 horas, na rua: João Nilo Morfim, 117, Salão de festas, bairro: Nossa Senhora Aparecida.
Contamos com sua presença e participação.

O que teremos nessa Assembleia?

Vamos começar com uma formação, com o companheiro Leojorge Pagani: Organização Político Territorial do Partido.
Depois vamos apresentar nossas metas e resultados almejados.

Você que vai, deve pontuar aquilo que considera importante no partido.

Esperamos sua presença. Contamos com seu comprometimento!


Link do evento no facebook:
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Secretaria de Comunicação.
Direção PSOL/SJ
Contato: psolsj@gmail.com

Executiva Nacional faz balanço das eleições: PSOL está mais forte para lutar por um outro país

Na resolução, o PSOL conclui que com o bom resultado eleitoral de Luciana Genro, com a ampliação da representação parlamentar em nível federal e nos estados, com uma política acertada de independência no segundo turno, “as eleições de 2014 trazem um saldo positivo para o PSOL e para a luta pela construção de uma alternativa de poder popular, em aliança com outros atores sociais e políticos, para a construção do socialismo no Brasil”.


A Executiva Nacional do PSOL realizou, na tarde desta segunda-feira (10), em Brasília, a sua primeira reunião após as eleições de outubro último. No encontro, que foi conduzido pelo presidente nacional do partido, Luiz Araújo, e que também contou com as presenças da ex-candidata à Presidência da República e presidente da Fundação Lauro Campos, Luciana Genro; do ex-candidato a vice-presidente, Jorge Paz; e do deputado federal, reeleito em 5 de outubro, Chico Alencar, os dirigentes fizeram um amplo debate sobre a participação do partido nas eleições, com base nos resultados das urnas e também nos três meses de campanha, e, ao final, aprovaram, sem nenhum voto contrário, a resolução com o posicionamento do partido a respeito do processo.
 
   Nas intervenções, os membros da Executiva consideraram que o partido, por meio do trabalho de convencimento de seus candidatos e da militância, conseguiu pautar temas que de fato garantem melhores condições de vida e mais direitos para a população, se diferenciando substancialmente das demais candidaturas. Além de reafirmar que o PSOL sai mais forte desse pleito de 2014, considerando o aumento de sua bancada de deputados federais e estaduais e a aproximação com importantes setores dos movimentos sociais, a Executiva também indicou como será a atuação do partido diante do próximo mandato de Dilma e do Congresso Nacional, que será ainda mais conservador a partir de fevereiro do ano que vem. “Continuaremos como oposição de esquerda programática ao governo. As medidas que forem de arrocho e de retirada de direitos sofrerão as duras críticas do partido. Assim como no Parlamento, pautaremos as propostas que garantirão mais direitos para a população e continuaremos o enfrentamento firme contra o conservadorismo”, avaliou Luiz Araújo.
 
Luciana Genro também fez um balanço positivo do processo, reafirmando que o PSOL conseguiu se consolidar como a verdadeira alternativa de esquerda. Segundo ela, o PSOL seguirá, ao lado dos movimentos sociais, reivindicando as pautas que foram apresentadas nas ruas em junho de 2013. “O governo Dilma já é reeleito propondo arrochos na área econômica. Nesse sentido, seguiremos engajados nas ruas, ao lado dos movimentos sociais”, sinalizou.
 
Na resolução, o PSOL conclui que com o bom resultado eleitoral de Luciana Genro, com a ampliação da representação parlamentar em nível federal e nos estados, com uma política acertada de independência no segundo turno, “as eleições de 2014 trazem um saldo positivo para o PSOL e para a luta pela construção de uma alternativa de poder popular, em aliança com outros atores sociais e políticos, para a construção do socialismo no Brasil”.
 
Leia abaixo a resolução completa com o balanço sobre o processo eleitoral.
 
Lutar, com um PSOL mais forte, por outro Brasil

O PSOL cresceu nas eleições de 2014. Dobramos nossa votação em relação a 2010. Agradecemos a cada um dos 1.612.186 eleitores que destinaram seu voto ao fortalecimento das bandeiras que defendemos durante a campanha eleitoral. Fomos o único partido que apresentou candidaturas a governador ou vice em todos os 27 estados da federação e conseguimos dobrar a representação parlamentar do PSOL, que alcançou cinco deputados federais e doze deputados estaduais. Essas bancadas farão a diferença nos seus estados e no Congresso Nacional na luta por mais direitos. Nosso projeto sai fortalecido das urnas, conquistando o quarto lugar em uma eleição marcada pela desigualdade da cobertura da imprensa, dos erros das pesquisas, do impacto do poder econômico e do desequilíbrio no tempo de televisão. Nada disso teria sido possível sem a militância do PSOL, que fez a diferença e conquistou esse expressivo resultado. Cumprimos o nosso papel, apresentando a melhor candidata e as melhores propostas para o Brasil. Luciana Genro constituiu-se como a principal referência da esquerda coerente e este é um patrimônio do PSOL. O programa que defendemos é o programa necessário para que se avance em direção a um Brasil justo e igualitário, livre da exploração e de todos os tipos de opressão. Esta foi nossa principal missão política nestas eleições, e avaliamos que a cumprimos bem.
As eleições de 2014 foram as primeiras realizadas após as mobilizações populares ocorridas em junho do ano passado. Essas manifestações revelaram os limites do modelo político e econômico das elites no poder e na oposição conservadora, na medida em que o agravamento da crise urbana e a necessidade de maiores investimentos em transporte público, educação, saúde e moradia contrastaram com os altos custos da realização da Copa do Mundo no Brasil e a forte repressão policial aos protestos. O resultado foi percebido na corrida presidencial deste ano, na qual os candidatos das principais coligações buscaram dialogar desde o início com o desejo de mudanças que junho de 2013 revelou e que foi confirmado por todas as pesquisas.
 
Essas eleições foram marcadas pelo signo da mudança. Mesmo a candidata de situação, Dilma Rousseff, teve que dialogar com esse sentimento, através da consigna “muda mais” e “governo novo, ideias novas”. Os demais candidatos da oposição conservadora, embora compartilhassem do mesmo programa em aspectos essenciais, também empreenderam o esforço de apresentar-se como representantes da “verdadeira mudança”. Aécio Neves chegou a ressuscitar o slogan do avô, Tancredo Neves, em 1985: “muda Brasil”.
 
Os limites do atual modelo, porém, não se revelaram apenas através do aumento das mobilizações populares, cuja repressão aos movimentos de rua, aliás, chegou a ser uma política comum de todos os governos (federal e estadual), unificando a maioria dos partidos, do PT ao PSDB, em torno do discurso favorável à Copa do Mundo tal como realizada, sendo o PSOL o único partido a votar em bloco contra a Lei Geral da Copa, que garantiu amplos poderes para a FIFA, e a questionar na Câmara dos Deputados a “Garantia da Lei e da Ordem”, projeto que visava autorizar as forças armadas a intervir em protestos de rua. Além disso, os dados da economia também demonstram o esgotamento da estratégia de crescimento via exportação de commodities e estímulo do mercado interno com a manutenção da ortodoxia dos juros altos, câmbio sobrevalorizado e superávits primários. A expectativa de queda drástica do PIB (de 2,3% em 2013 para menos de 1% em 2014) é só a face mais visível deste processo. A desaceleração da economia se sente na estagnação da geração de empregos – embora ainda não redunde num aumento do desemprego – e na desaceleração da atividade industrial, que cresceu bem abaixo do PIB em 2013 (1,5%).
 
Amparada nas exportações de bens primários, no mercado interno – em franca desaceleração – e nas grandes obras de infraestrutura estimuladas pela Copa do Mundo e Olimpíadas, muitas delas ainda inacabadas pelo país afora, a economia mostra sinais de enfraquecimento. A dependência externa e a indução ao consumo e endividamento desenfreado dos trabalhadores nos últimos anos cobram seu preço. Assim, as eleições se iniciaram com um enorme desgaste do atual governo, causado, dentre outras razões, pelo aumento da sensação de corrupção desenfreada a partir das denúncias envolvendo a Petrobrás. A oposição conservadora, porém, não foi capaz de apresentar um projeto substantivamente distinto.
As três principais candidaturas defensoras do atual modelo (Dilma, Aécio e Campos) iniciaram a campanha com cautela e reafirmando seus compromissos com a agenda macroeconômica dos bancos, empreiteiras e agronegócio. O cenário só se alterou com o acidente aéreo que vitimou o candidato do PSB em agosto. A comoção criada em torno da morte de Campos permitiu que Marina Silva, que havia obtido 20 milhões de votos em 2010 e aceitara a condição de vice na chapa do PSB, surgisse como a grande novidade das eleições. Atenta ao desejo de mudanças, Marina buscou apresentar um discurso que negasse a “velha política” e afirmasse um novo projeto para o país.
Não demorou, porém, para que o discurso de Marina se desfizesse no ar. Defendendo autonomia do Banco Central, aconselhando-se com economistas neoliberais, associando-se a uma das principais acionistas do Banco Itaú, distribuindo afagos ao agronegócio e alterando temas polêmicos de seu programa de governo, Marina revelou a face conservadora de seu projeto. Sob fortes ataque do PT e PSDB, desmoronou em poucas semanas, permitindo a “virada” de Aécio Neves na última semana de campanha. A derrocada de Marina mostra que as elites brasileiras não estão dispostas a aventuras e o povo não se deixa enganar por falsos discursos de renovação.

Luciana Genro e a vitória do PSOL
    
O PSOL enfrentou todo o primeiro semestre tendo como pré-candidatos à Presidência e à vice, respectivamente, o senador Randolfe Rodrigues (AP) e a companheira Luciana Genro. A renúncia do candidato escolhido no Congresso Nacional do partido, apenas quinze dias antes de nossa Convenção, trouxe dificuldades. Felizmente, a companheira Luciana Genro se mostrou disposta de pronto a cumprir a tarefa de representar o PSOL na disputa, trabalhando em conjunto com a direção do partido para unificar todos em torno da campanha. Para isso, foram promovidos pela Fundação Lauro Campos e pelo partido seminários programáticos em diversas capitais, que contribuíram com o objetivo de fortalecer a unidade partidária.
 
A Convenção Nacional, realizada em Brasília, foi uma demonstração de unidade partidária, afirmando por consenso o nome de Luciana e aprovando as diretrizes gerais para o Programa de Governo. Iniciada a campanha, fosse nas atividades de rua, nas agendas de imprensa ou nos debates de televisão, Luciana expressou uma boa síntese das posições do PSOL. Resultado disso foi a construção de um Programa de Governo muito completo, construído a muitas mãos e apresentado no final de setembro. Eventuais divergências de leitura sobre a conjuntura ou de abordagem sobre determinados temas foram, em geral, secundarizados, garantindo uma campanha bastante unitária. Não obstante algumas críticas de setores minoritários do partido – o que é legítimo – a avaliação geral do desempenho do PSOL e de sua candidata é altamente positivo.
Destacando-se nos debates e diferenciando-se das demais candidaturas, Luciana cresceu na reta final. O resultado eleitoral – 1,55% dos votos – além de registrar um crescimento em relação a 2010 (quando obtivemos 0,88% dos votos), consolidou o PSOL como uma força política relevante no país, nos separando das candidaturas consideradas menores. Mesmo partidos mais bem estruturados nacionalmente, como o PV e o PSC (este com o apoio de dezenas de igrejas evangélicas pelo país) tiveram um resultado muito aquém do obtido pelo PSOL. A abissal diferença da votação de Luciana em comparação às demais candidaturas da esquerda socialista – PCB, PSTU e PCO – fala por si. Somadas, essas candidaturas obtiveram menos de 10% da votação total de Luciana.
 
Assim, nossa chapa expressou um importante acúmulo nos movimentos sociais mais dinâmicos da conjuntura após as jornadas de junho. Estivemos junto com o MTST, MLB, Brigadas Populares, entre outros movimentos de moradia. Nossa campanha empalmou com a luta da comunidade LGBT, mobilizando esse setor ao redor da linha “por mais direitos”. Recebemos apoios de intelectuais e da opinião pública contemporânea, como Gregório Duvivier, Márcia Tiburi, Marina Lima, blogueiros e blogueiras da esquerda. A juventude realizou eventos de grande impacto, “viralizando” a campanha nas ruas e nas redes.
 
A presença de Jorge Paz, histórico militante da luta operária de São Paulo como candidato a vice-presidente, expressou o compromisso de todos os setores partidários com a campanha de Luciana. A formação de uma coordenação de campanha ampla – tendo como coordenador-geral o companheiro Luiz Araújo, presidente nacional do PSOL – foi um gesto de unidade partidária. O mesmo pode-se dizer da bancada federal e de outras lideranças, que se engajaram fortemente na campanha.
Com uma boa campanha presidencial, os resultados para a Câmara dos Deputados e para as Assembleias Legislativas também foram positivos. Além de reeleger nossos atuais deputados federais – companheiros Chico Alencar (RJ), Jean Wyllys (RJ) e Ivan Valente (SP) – o PSOL ampliou sua bancada na Câmara dos Deputados, com a eleição dos companheiros Daciolo (RJ), líder da histórica greve dos bombeiros em 2012, e do companheiro Edmilson Rodrigues (PA), ex-prefeito de Belém e deputado estadual mais votado da história do Pará em 2010.
 
Na disputa aos parlamentos estaduais o PSOL também cresceu. Passamos dos quatro deputados estaduais eleitos em 2010 para doze vagas, sendo uma no Rio Grande do Sul, duas em São Paulo, duas no Amapá, cinco no Rio de Janeiro, uma em Pernambuco e uma no Ceará. O desempenho das nossas candidaturas a governador também mostra um crescimento. Na maioria dos estados, o PSOL apresentou-se como alternativa à polarização das velhas máquinas partidárias, alcançando bons resultados, dentre os quais merecem destaque o do companheiro Tarcísio, no Rio de Janeiro, e do companheiro Robério Paulino, no Rio Grande do Norte, que alcançaram quase 10% dos votos cada um.
 
Outro saldo altamente positivo é a construção de um Programa de Governo unitário. Foi a primeira vez que o PSOL teve um documento dessa envergadura aprovada por suas instâncias. Abordando 23 temas diferentes, de política externa à saúde, de segurança pública a direitos humanos, o Programa de Governo do PSOL mostrou que é possível construir consensos internamente quando necessário.

O segundo turno
 
O PSOL esteve presente no segundo turno em apenas uma disputa: no Amapá, onde compusemos a chapa de Camilo Capiberibe (PSB) contra o retrocesso representado pelo sarneyzismo. Com isso, além de eleger dois deputados estaduais, conseguimos influenciar os rumos da luta contra o retrocesso representado pelos aliados de Sarney no segundo turno, que, apesar disso, saíram vitoriosos.
 
Em nível nacional, a disputa presidencial repetiu a polarização das últimas cinco eleições entre PT e PSDB. Polarização falsa no que diz respeito à gestão da política macroeconômica, ganhou profundidade com a disputa em torno da manutenção dos programas sociais e do papel dos bancos públicos, dentre outros temas trazidos ao debate pela candidata petista. Isso levou a candidatura tucana a encarnar no segundo turno uma diferenciação ideológica, atraindo para si forças reacionárias do espectro político e social brasileiro e favorecendo, assim, uma polarização acentuada que viria a animar contra si forças progressistas não mobilizadas no primeiro turno.
 
O PSOL, de forma acertada, se posicionou rápido. A resolução aprovada por sua Executiva Nacional vetava qualquer manifestação de seus militantes em favor de Aécio Neves e permitia tanto a defesa do voto nulo ou branco quanto a defesa do voto crítico em Dilma Rousseff. As manifestações em favor da petista não comprometeram a resolução aprovada, uma vez que o PSOL enquanto partido preservou sua autonomia e independência durante todo o segundo turno.

Perspectivas para o futuro
 
Os primeiros sinais de Dilma após a vitória foram contraditórios. Num dia, aponta uma reforma política com contornos progressistas como prioritária. No outro, aumenta a taxa de juros para 11,25% para alegria dos especuladores do mercado financeiro e anuncia o aumento da gasolina. No essencial, não deve deixar de ser um governo de pacto com frações da burguesia. O que está em questão é se a vitória por pouco mais de 3% vai fazer com o que o PT e o governo retomem algum tipo de relação com a agenda dos movimentos que esperam algum avanço ou se fará com que ambos se inclinem ainda mais à direita, buscando recuperar terreno junto aos setores médios mais conservadores e às elites que apostaram em Aécio.
 
A proposta de reforma política do Congresso Nacional é retrógada. Precisamos construir ampla unidade para defender a pauta da nossa reforma política, com base nos pontos apresentados no programa de Luciana Genro e, ao mesmo tempo, evitar qualquer retrocesso contra os partidos da esquerda combativa, explícito, por exemplo, na proposta da chamada cláusula de exclusão. Por essas razões, o PSOL seguirá vigilante, mantendo sua coerência e independência política e sua condição de oposição programática e de esquerda. Defenderá as medidas que representarem avanços para os trabalhadores e trabalhadoras, como ocorreu recentemente diante da ofensiva conservadora contra a Política Nacional de Participação Social (PNPS). Mesmo limitada, esta medida é um avanço democrático que contou com o apoio da nossa bancada na Câmara dos Deputados. Prova de que o PSOL não a apoiava por ser uma proposta do governo, é que tão logo a coalizão conservadora a derrotou, a bancada do PSOL a reapresentou na forma de Projeto de Lei, porém sem alguns vícios de origem que o projeto governista continha. Diante das medidas que representem ataques ao povo brasileiro, o PSOL se levantará como tem feito desde sua fundação, denunciando o governo e quem a ele estiver associado. Este é o papel de um partido de oposição de esquerda e programática.
 
O crescimento do fundamentalismo religioso, da bancada ruralista e das empreiteiras (hoje majoritárias entre os 513 deputados federais), da bancada da bala e de outras aberrações como essas, exigirão do PSOL uma melhor articulação para frear as investidas contra os direitos do povo. Fora do parlamento precisaremos de apoio dos movimentos sociais combativos para fazer frente – de fora pra dentro – aos ataques do conservadorismo. O crescimento da direita é também reflexo das opções políticas do PT com vistas a assegurar a chamada “governabilidade” com setores da burguesia. Cada vez mais, os sintomas da crise econômica e social anunciam mais choques. Dilma anunciou a realização de ajustes como o aumento da taxa de juros para 11,5%, assim como o anunciado aumento da gasolina. Nomes são especulados em meio ao sistema financeiro para a chefia do Ministério da Fazenda. Como afirmamos, o governo seguirá, em essência, um cartilha conservadora, para que a conta dos ajustes seja paga pelos trabalhadores, enquanto beneficia o bancos, agronegócio e empreiteiras.

A prioridade do partido é preparar a luta contra quaisquer ajustes e fortalecer a luta por mais direitos. Devemos denunciar desde já quaisquer medidas regressivas, como forma inclusive de dialogar com a desilusão que deve tomar os setores que apoiaram Dilma no segundo turno como veto ao Aécio. Devemos denunciar o problema dos juros e da dívida de forma pedagógica, ou seja, explicando que as cinco mil famílias mais ricas do país seguem lucrando, enquanto o povo paga com cortes nas áreas sociais, penando com serviços públicos precários, aumento das tarifas e crise energética e hídrica. O PSOL participará de forma ativa das lutas que se aproximam, desde a sua organização e formulação, convocando sua militância, pela reforma política e pela democratização dos meios de comunicação, também pelos direitos LGBTT e pela desmilitarização da PM, pela demarcação das terras indígenas e contra o avanço das terceirizações; lutando pelo aumento do salário mínimo, a revisão da Lei de Anistia e a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas, colaborando nas articulações de movimentos e partidos por reformas estruturais, exigindo do governo avanços no cumprimento dessa pauta e combatendo o conservadorismo em parceria com os movimentos sociais.
 
Com o bom resultado eleitoral da companheira Luciana Genro, com a ampliação de nossa representação parlamentar em nível federal e nos estados, com uma política acertada de independência no segundo turno, concluímos que as eleições de 2014 trazem um saldo positivo para o PSOL e para a luta pela construção de uma alternativa de poder popular, em aliança com outros atores sociais e políticos, para a construção do socialismo no Brasil.

Viva o PSOL!
Viva o Brasil!
Viva o Socialismo!

 
 

Com voto contrário do PSOL, Câmara anula Política de Participação Social

Decreto presidencial prevê que a sociedade civil seja ouvida na elaboração de políticas públicas. Texto será ainda votado no Senado

Uma reação conservadora de direita e de antiparticipação popular. Assim, o PSOL resumiu o objetivo da proposta que cancela a Política Nacional de Participação Social, criada por decreto presidencial, em maio deste ano. O Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1.491/2014, de autoria do DEM, que anula o Decreto 8243 foi aprovado na noite de ontem (28) na Câmara dos Deputados, com voto contrário da bancada do PSOL.

“Entendemos que tudo que fortalece a participação popular deveria merecer o reconhecimento do Congresso Nacional. Nós já temos aí conselhos estabelecidos há décadas no nosso País. Conselhos que visam fiscalizar, controlar o próprio aparelho do Estado, fazer sugestões, críticas e tencionar o Estado para não ser autoritário, centralizador”, argumentou o líder do PSOL, deputado Ivan Valente.

O decreto presidencial não cria novos conselhos populares, mas determina que órgãos e entidades da administração pública federal, direta e indireta, deverão ouvir instâncias de participação social para a formulação de políticas públicas.

Além do PSOL, somente o PT, PCdoB e Pros votaram pela manutenção do decreto presidencial. Os demais partidos diziam, entre outros pontos, que o decreto do Poder Executivo interferia em prerrogativas do Legislativo. “Trata-se de uma reação conservadora de direita e antiparticipação popular. No decreto são citadas a sociedade civil, conselho de políticas públicas, comissão de políticas públicas, conferências nacionais, audiências públicas. Onde está escrito que isso é deliberativo e substitui o Congresso Nacional? Onde isso aqui está escrito?”, disse Ivan Valente.

De acordo com o deputado Chico Alencar, houve uma interpretação equivocada da história por aqueles que enxergam na Política Nacional de Participação Social algum sinal de bolivarianismo. “Não entendem nada ou não querem entender o que são as missiones na Venezuela, os consejos comunales na chamada revolução cidadã do Equador, de Rafael Correa, as associações de vizinhos e poblaciones da República Plurinacional da Bolívia. É uma misturada de conceitos que até depõem contra o nível deste Parlamento”.

O deputado Jean Wyllys classificou a aprovação do projeto como lamentável.

É um duro golpe na tentativa do governo de fortalecer a democracia participativa. O PSOL defende a ampliação da participação popular”.

O PDC será ainda votado no Senado.

Seguir lutando por direitos e contra o avanço conservador

A executiva Nacional do Partido Socialismo e Liberdade se reunirá no próximo dia 11 de novembro, em Brasília, para aprovar um balanço oficial do processo eleitoral. Até lá, o PSOL seguirá vigilante, apoiando as lutas sociais e a resistência a toda e qualquer medida que prejudique o povo brasileiro. Essa é a posição do presidente Nacional do PSOL, Luiz Araújo, para quem a vitória de Dilma neste domingo pouco altera a posição do PSOL no quadro político brasileiro.

No último domingo, 26 de outubro, aconteceu o segundo turno das eleições presidenciais. Dos 112.683.879 eleitores que foram às urnas definir quem governará o país pelos próximos quatro anos, 54.501.118 optaram por dar mais um mandato à coalizão liderada por Dilma Roussef, do PT, contra 51.041.155 que escolheram o candidato do PSDB. Em percentuais, a presidenta Dilma Rousseff foi reeleita com 51,64% dos votos válidos, enquanto o tucano Aécio Neves obteve 48,36%, uma pequena diferença de pouco mais de 3% dos votos válidos.


Na disputa eleitoral mais acirrada desde que o Brasil passou a eleger o presidente da República pelo voto direto, boa parte dos eleitores preferiu não exercer seu direito ao voto. A abstenção neste pleito chegou a quase 25%. Significa que, em cada quatro eleitores, um simplesmente não compareceu a uma seção eleitoral. Entre os demais, o que se viu foi uma polarização entre PT e PSDB, reproduzindo o cenário de eleições anteriores. Neste ano, porém, a ameaça concreta de retorno do tucanato ao governo central, fez aumentar a mobilização em oposição a Aécio Neves, mesmo entre aqueles que reconhecem o esgotamento da política implementada pelo Partido dos Trabalhadores.

O PSOL aprovou uma resolução que indicava a possibilidade de voto nulo, branco ou o voto crítico em Dilma Roussef, vetando qualquer apoio de sua militância ao candidato tucano, representante mais direto das classes dominantes e do imperialismo na América Latina. Por outro lado, embora o documento reconhecesse o que significaria uma possível eleição de Aécio Neves, também não deixou de apontar suas críticas às opções feitas pelo governo de Dilma, de governar ao lado do agronegócio, de ceder às pressões da bancada fundamentalista, de não fazer o enfrentamento no sentido de democratizar a comunicação e de permitir a criminalização dos movimentos sociais, entre tantas outras medidas que vão na contramão das reivindicações daqueles que foram às ruas em junho de 2013.

Em relação ao candidato do PSDB, a resolução defendia: “O jeito tucano de governar, baseado na defesa das elites econômicas e nas privatizações, com a corrupção daí decorrente, significa um verdadeiro retrocesso. A criminalização das mobilizações populares e dos pobres empreendida pelos governos tucanos, em especial o de Alckmin, nos coloca em oposição frontal ao projeto do PSDB e aliados de direita”. Já quanto ao terceiro mandato do PT à frente do Palácio do Planalto, o PSOL considerou: “Seu governo atuou contra as bandeiras mais destacadas de nossa campanha, como a taxação das grandes fortunas, a revolução tributária que taxe os mais os ricos e menos os trabalhadores, a auditoria da dívida pública, contra a terceirização e a precarização das relações de trabalho, fim do fator previdenciário, a criminalização da homofobia e a defesa do casamento civil igualitário, uma nova política de segurança pública que acabe com a 'guerra às drogas' e defenda os direitos humanos, a democratização radical dos meios de comunicação, o controle público sobre nossas riquezas naturais, os direitos das mulheres, a reforma urbana, a reforma agrária e a urgentíssima reforma política, que tire a degeneração do poder do dinheiro nas eleições, reiterado neste pleito, mais uma vez”.

Feito essa caracterização dos dois projetos em disputa, alguns aspectos dos 21 dias transcorridos entre o primeiro e segundo turnos, e que levaram boa parte da esquerda a optar pelo veto ao PSDB, precisam ser levados em consideração e um deles merece destaque: o papel desempenhado pelos veículos da grande imprensa. Como já era de se esperar, os principais canais de televisão e os jornais impressos não hesitaram em defender, de forma quase que descarada, o retorno daquele que pode ser considerado o representante legítimo da classe da qual fazem parte os donos das empresas de comunicação. O mal contado “escândalo da Petrobras” foi a novidade do momento para que voltassem todas as suas energias contra o projeto da candidata à reeleição. A revista Veja, da Editora Abril, empresa da família Civita e que passa por graves problemas financeiros, antecipou para a sexta-feira (24) a sua edição que sairia no domingo, trazendo uma capa que colocava Dilma e Lula como vilões de uma novela das oito e reeditando a mesma postura de 1989, quando Lula disputou com Collor, e de 2002, quando o mesmo Lula ganhou do também tucano José Serra.

E qual a responsabilidade do PT nesse processo? É importante registrar que o governo Dilma, por meio do seu ministro das comunicações, Paulo Bernardo, nada fez para enfrentar essa imprensa que o PT chama de golpista, mantendo uma política que ainda permite a existência de revistas como a Veja e de outros que mais parecem panfletos da direita. Não avançou nenhum passo na política de democratização da mídia e na regulação dos meios de comunicação. Os movimentos sociais, com o apoio do PSOL, fizeram duros embates com o governo para que saísse do papel a proposta de um novo marco regulatório das comunicações, o que ao final não fora encaminhado pelo Minicom. A militância teve que apostar numa proposta de iniciativa popular, que deve demorar anos tramitando no Congresso Nacional. Além de não enfrentar o problema da concentração e do oligopólio da mídia, o governo fez várias concessões aos empresários da comunicação. Agora sofreu na própria pele as consequências de sua política equivocada nessa área. O PT agradou aos donos da “mídia golpista” e esqueceu que essa mesma “mídia golpista” não o vê como sendo um dos seus.

Nesse sentido, apesar de ter clareza do papel que boa parte de sua militância e lideranças cumpriram nesse domingo, ajudando a derrotar um projeto que representava um claro retrocesso para o país, o PSOL deverá reafirmar na reunião de sua Executiva Nacional o seu papel de oposição programática e de esquerda ao atual governo, apoiando as medidas que possam representar avanços e combatendo, com autonomia e independência, qualquer iniciativa que restrinja os direitos do povo brasileiro ou beneficie as elites nacionais e internacionais.

Nota do PSOL sobre o 2º turno das eleições 2014: Seguir lutando para mudar o Brasil. Dilma não nos representa. Nenhum voto em Aécio.

O PSOL cresceu nas eleições de 2014. Dobramos nossa votação em relação a 2010, num cenário ainda mais difícil. Agradecemos a cada um dos 1.612.186 eleitores que destinaram seu voto ao fortalecimento das bandeiras que defendemos durante a campanha eleitoral. Conseguimos dobrar a representação parlamentar do PSOL, que alcançou cinco deputados federais e doze deputados estaduais. Essas bancadas farão a diferença nos seus estados e no Congresso Nacional na luta por mais direitos. Nosso projeto sai fortalecido das urnas, conquistando o quarto lugar em uma eleição marcada pela desigualdade da cobertura da imprensa, dos erros das pesquisas, do impacto do poder econômico e do desequilíbrio no tempo de televisão. Nada disso teria sido possível sem a militância do PSOL, que fez a diferença e conquistou, com muita dedicação, esse expressivo resultado.
Cumprimos o nosso papel, apresentando a melhor candidata e a melhor proposta para o Brasil. Luciana Genro constituiu-se como a principal referência da esquerda coerente e este é um enorme patrimônio de todo o PSOL. O programa que defendemos é o programa necessário para que se avance em direção a um Brasil justo e igualitário, livre da exploração e de todos os tipos de opressão. Esta foi nossa principal missão política nestas eleições, e avaliamos que a cumprimos bem.
Um segundo turno, quando não nos sentimos representados nele, é muitas vezes mais do veto que do voto. Entendemos que Aécio Neves, o seu PSDB e aliados são os representantes mais diretos dos interesses da classe dominante e do imperialismo na América Latina. O jeito tucano de governar, baseado na defesa das elites econômicas e nas privatizações, com a corrupção daí decorrente, significa um verdadeiro retrocesso. A criminalização das mobilizações populares e dos pobres empreendida pelos governos tucanos, em especial o de Alckmin, nos coloca em oposição frontal ao projeto do PSDB e aliados de direita. Assim, recomendamos que os eleitores do PSOL não votem em Aécio Neves no segundo turno das eleições presidenciais. Não é cabível qualquer apoio de nossos filiados à sua candidatura.
A provável capitulação de Marina Silva à candidatura tucana demonstra a sua incapacidade de representar legitimamente o desejo de mudanças expresso nas ruas e comprova que a “nova política” não pode ser um atributo daqueles que aderem tão rapidamente ao retrocesso.
É preciso também afirmar que, diante do que foi o seu governo e sua campanha eleitoral, Dilma está distante do desejo de mudanças que tomou as ruas no ano passado. Seu governo atuou contra as bandeiras mais destacadas de nossa campanha, como a taxação das grandes fortunas, a revolução tributária que taxe os mais os ricos e menos os trabalhadores, a auditoria da dívida pública, contra a terceirização e a precarização das relações de trabalho, fim do fator previdenciário, a criminalização da homofobia e a defesa do casamento civil igualitário, uma nova política de segurança pública que acabe com a “guerra às drogas” e defenda os direitos humanos, a democratização radical dos meios de comunicação, o controle público sobre nossas riquezas naturais, os direitos das mulheres, a reforma urbana, a reforma agrária e a urgentíssima reforma política, que tire a degeneração do poder do dinheiro nas eleições, reiterado neste pleito, mais uma vez. Por tudo isso, se Dilma vencer o segundo turno, o PSOL seguirá como oposição de esquerda e lutando pelas bandeiras que sempre defendemos, inclusive durante a campanha eleitoral.
A partir destas considerações, o PSOL orienta seus militantes a tomarem livremente sua decisão dentro dos marcos desta Resolução, conscientes do significado sobre o voto no segundo turno, dia 26 de outubro, e agradece mais uma vez a todos o(a)s seus/suas eleitores(as) e apoiadores(as) pela confiança recebida nestas eleições.

PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE – PSOL
São Paulo, 8 de outubro de 2014.