Como já vem sendo denunciado pelo PSOL – e outras entidades como o Observatório Social de SJ e o blog Pensar São José – transparência não é forte da Prefeitura do nosso Município.
Até poucos meses atrás, o Município
nem sequer dispunha de uma publicação oficial de seus atos – os
quais eram publicados em um arcaico mural na sede do executivo.
Não é difícil imaginar a quem
interessa a falta de publicidade – quanto mais obscuros os atos,
mais fácil fica direcionar o que deveria ser impessoal à interesses
privados.
É o que ocorre com as licitações. A
atual gestão municipal tem insistido em realizar a maioria dos
procedimentos licitatórios por meio de pregão PRESENCIAL, medida
absolutamente incompreensível numa cidade que se diz digital.
O pregão eletrônico é medida de
muito mais eficácia ao interesse público, pois amplia o leque de
concorrentes, possibilitando reduzir os custos dos contratos públicos
– mas, claro, este não parece ser o interesse da Prefeitura.
O pregão presencial, associado à
parca publicidade dos atos públicos (inclusive editais de convocação
para licitações), facilita o direcionamento das licitações,
utilizadas para “pagar” todo tipo de “dívidas” da suja
política dominante.
É o que se observa no Pregão Presencial nº 34/2013, realizado para compra de 5000 unidades de preservativos femininos de borracha nitrílica.
Segundo o Portal da Transparência da PMSJ, o certame contou com APENAS UM CONCORRENTE, que apresentou a proposta de R$ 69 mil para o fornecimento dos preservativos (R$ 13,80 a unidade).
Este valor já é MUITO
superior ao valor médio encontrado nas farmácias (onde se compra
UMA unidade entre R$ 8,00 e R$ 10,00), sendo que, na compra de um
lote grande, pressupõe-se que o preço deva ser mais baixo.
Em orçamento realizado
junto à empresa fornecedora de São Paulo, para compra de 5000
unidades, foi apresentado o preço de R$ 7,00 a unidade (quase
METADE do valor pago pela Prefeitura).
Chama a atenção, além
do evidente superfaturamento, o fato de que a empresa “vencedora”
do certame seja a empresa MARCONI KIRCH EPP, do vereador de
Biguaçu/SC (cidade vizinha), Marconi Kirch, do partido Democratas
(DEM).
A empresa em questão
apresenta, no cadastro do seu CNPJ, mais de 50 atividades econômicas,
dentre as quais o comércio de todo de tipo de bens imagináveis,
além de: fotocópias, decoração, sonorização e iluminação,
manutenção elétrica, aluguel de automóveis, etc.
O PSOL-SJ NÃO ADMITE
que o dinheiro dos josefenses seja utilizado desta forma
IRRESPONSÁVEL, sendo ainda mais grave por envolver materiais
destinados à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis,
sendo que a SAÚDE (principalmente da mulher) foi o maior foco da
campanha da atual Prefeita.
Os fatos serão encaminhado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, para apuração das condutas e eventuais providências administrativas, cíveis e criminais.
Os fatos serão encaminhado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, para apuração das condutas e eventuais providências administrativas, cíveis e criminais.
O PSOL-SJ reafirma seu
compromisso com a ÉTICA na administração pública e convida toda
a população para que fiscalize o poder público, colocando-se a
disposição para o recebimento de denúncias. Esperamos, também, que a Prefeitura se manifeste a respeito do assunto.
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